12 de outubro de 2008

um zumbido.



seus olhos se voltam para a luz... vai, vai e voa. voa rápido! mas... um barulho?
então a luz... a luz não era a saída? era apenas um ponto de luminosidade, não a saída. a saída, na verdade, estava fora de seu campo visual. afinal, tão pequena, o que era ela diante de um quarto inteiro?
ela voa sobre retratos, todos tão bem organizados, vivos. um homem e uma mulher... lembrança eterna de um abraço. quem disse que as lembranças não são vivas?
pousa levemente sobre a beira de uma xícara. aquela marca de batom, diga-se: vermelho, que a poucos instantes alguém deixou; e no fundo, os restos de açúcar e chocolate no que sobrou do leite, já em temperatura ambiente e não mais tão gelado. doce. doce vida.
aquela infinidade de olhos vêem algo que se aproxima. e as asas sentem um vento que parece ter uma velocidade imensa. e batem. rumo à segurança se livrando da "mão-da-morte". mão esta, que ordenou tão meticulosamente cada um dos livros e cadernos de anotação sobre a escrivaninha; um deles aberto, com a caneta ao lado.
e tudo ali não passa de manchas diante de sua percepção; e as patinhas encontram descanso sobre o papel com a tinta, já seca, que a pouco foi passada ali por uma caneta.
- mãe, posso colocar um copo sobre ela?
- não. espanta pela janela que não quero bicho morto nas minhas coisas...!
- ela podia ser meu mascote!...
- podia não. mosca não vive mais que dois dias, ainda mais presa!
as asas começam a bater novamente, a janela estava aberta. enfim a saída. enfim a verdadeira luz. e a mosca sai, rumo à sabe-se lá onde.
- má.
(desculpas pelo poste anterior. foi um momento de revolta contra atitudes de alguns alheios :x não quis ser grosseira nem nada :P)

4 de outubro de 2008

três normas de mim.

1. nunca mexa nas minhas coisas. eu odeio xeretisse. meus cadernos e anotações são sagrados pra mim: ninguém toca; ninguém lê; ninguém olha. ninguém. pergunte-me e se eu não responder, não insista por muito tempo e não procure saber ou perderá minha confiança de vez.

2. nunca minta pra mim. odeio que façam/falem por minhas costas. eu posso perdoar (ou dizer que perdoei e fingir esquecer), mas dificilmente você vai continuar tendo minha confiança.

3. nunca duvide de mim, jamais contrarie minha palavra. se eu digo alguma coisa, não diga que estou mentindo. se eu digo que vou fazer algo, não diga que eu não posso, que não consigo. não duvide de mim. odeio isso. ponto.




é difícil? então se esforce. claro, se quiser...
sem imagens hoje.
-má.