28 de novembro de 2007

abóbada celeste.

sabe aquele passarinho?
(aponta para o céu)
eu queria voar como ele...
e passar por entre as nuvens,
e namorar as estrelas de pertinho.
queria atravessar o céu e pousar em seu ombro.
sentir seu perfume, e cantar em seus ouvidos um sussurrar de canções que brotam do coração.
e não precisaria me engaiolar,
eu já estou presa em seu amor.
prendeu-me. prendi-me.

- má.

27 de novembro de 2007

apreenda-me, se for capaz.


eu preciso de um caderno que só tenha folhas no final. é, eu gosto de escrever nas últimas folhas, apesar de agora estar em uma das primeiras, já que as dez últimas folhas já estão cheias. ah, eu gosto de cadernos grandes também, mas é difícil encontrar cadernos grandes e grossos sem linha. então agora escrevo nelas, apesar de que preferia que não estivessem aqui. linhas limitam. mas mesmo assim, nunca uso uma inteira mesmo... sempre tenho um espaço no começo e no fim dela, é mania. tenho a impressão de que fica mais limpo. mas, dessa vez, não deixei espaço no fim da linha...
e não gosto de escrever diretamente aqui, teclando no computador. um lápis é fundamental pra mim. e uma folha em branco. eu prefiro o lápis mas nunca uso borracha, dificilmente. sim, meus textos originais são cheios de rabiscos, setas e parágrafos fora do lugar.
sobre o conteúdo, se analisar a fundo vai encontrar metáforas, nada é inútil aqui. tudo... cada palavra tem um motivo e revela um segredo ou esconde algo. creio que dificilmente alguém realmente entenda o que quero dizer. mesmo porque, não sabe em que contexto tudo se encaixa.
enfim, já não me recordo mais o que pretendia ao escrever tudo isso. mas de certo não é inútil, é? nada é.
-má.

21 de novembro de 2007

branco manco.


acho que perdi a capacidade de finalizar um texto.
tenho incontáveis começos e incontáveis primeiras e únicas estrofes.
por quê? sabe-se lá!
tem hora que é tão difícil colocar as palavras no papel. exatamente porque às vezes não é simplesmente "colocar palavras no papel", sabe? nem sempre funciona.
escrevo, torno a escrever e tudo que consigo são alguns parágrafos soltos.
mas atire a primeira bolinha de papel aquele que nunca amassou uma folha.

- má.

aprendendo.

"desiderato

procure viver em harmonia com as pessoas que estão ao seu redor, sem abrir mão de sua dignidade.
fale a sua verdade, clara e mansamente.
escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.
no meio do barulho e da agitação, caminhe tranquilo, pensando na paz que você pode encontrar no silêncio.
evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.
não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: isso o tornaria superficial e amargo.
viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.
mantenha o interesse no seu trabalho, por mais humilde que seja: ele é um verdadeiro tesouro na continua mudança dos tempos.
seja prudente em tudo que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas.
mas não fique cego para o bem que sempre existe.
há muita gente lutando por nobres causas.
em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.
seja você mesmo. sobretudo não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira, pois no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.
aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.
cultive a força do espírito e você estará preparado para enfrentar as surpresas da sorte adversa.
não se desespere com perigos imaginários: muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.
ao lado de uma sadia disciplina, conserve, para consigo mesmo, uma imensa bondade.
você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui.
e mesmo se você não puder perceber, a terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.
procure, pois, estar em paz com Deus, seja lá qual for o nome que você lhe der.
no meio de seus trabalhos e aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve, no mais profundo do ser, a harmonia e a paz.
acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, o mundo ainda é bonito.
caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz e partilhe com os outros a sua felicidade."

texto encontrado em Baltimore na antiga igreja de Saint-Paul, em 1632.





agradeço ao meu querido professor de biologia pardalzinho pelo texto.
:)

13 de novembro de 2007

shot.


don't be there, don't be there
'cause i'm on my way
and i'm already gone over
and i'm on my way

and i can't recall myself
how i went down
did i get shot
or shoot myself?

i'm down here, i'm down here
and you're way up there
but that doesn't hurt badly
but it stings right here ♥

and i won't pretend there's
nothing there
you be around and i'll be square
don't be alarmed if i'm not there
you be around and i'll be square

if you're a rose
then i'm the thorn
that's in your side
and does it hurt badly
'cause it burns right here

i'd like to say hello
i'd like to say i care
i'd like to let you know
that nothing here's the same with me
nothing here's the same

don't be around
don't be there, don't be there

- don't be there // switchfoot.
(eu não viciei nessa música, tá?
realmente tinha me esquecido
de como essa banda é boa...)

dois em um.


e acabo por fazer exatamente o que abomino. por quê?
e acabo por fazer exatamente o que odeio. por quê?
eu digo: não me faças isso, não gosto. e lá vou eu e faço!
irrito-me a mim mesma.
juro por tudo que não é proposital. eu não sei por que, mas quando me dou conta... caraca, olha o que estou fazendo!
não que eu queira, foi sem perceber. eu não quero.
talvez seja uma vingança odiosa do meu subcoinciente. ou talvez eu seja mesmo toda contraditória assim. isso é tanta falta de caráter. mas juro pela minha vida que não é por mal.
ah, cale-se!

-má.

12 de novembro de 2007

♥.


aparência.

tem aparência doce e suculenta, é macia ao tato. sua pele acarinha a mão.
parece ter um gosto único de extrema pureza. é agradável aos olhos e convidativa ao paladar. cheiro suave, quase que de flor.
os lábios a tocam. quente.
os dentes se cravam em sua carne delicada. doce e macio.
a língua saboreia com gosto... amargo?
a pele se murcha e o cheiro se azeda. amargo e frio.
seu interior é podre.
jogada por cima do ombro, cai no chão. e ali fica.

- má;