2 de março de 2011
8 de março de 2010
So you go on and I'll be happier ♪
[pause]
I didn't say anything. I just walked away.
Então, preste atenção. Como não sei dizer, parafraseio autores que falam por mim. E as palavras de Caio Fernando Abreu podem me expressar aqui:
"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de “uma ausência”. E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.
Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:
- … mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca …"
#np: Think Of You - A Fine Frenzy
Just to put your mind at ease
You don't owe me anything
You paid me well in memories
Sinto muito, mas o que posso dizer é: vai passar. E continue, não volte. Não volte.
12 de outubro de 2008
um zumbido.
4 de outubro de 2008
três normas de mim.
2. nunca minta pra mim. odeio que façam/falem por minhas costas. eu posso perdoar (ou dizer que perdoei e fingir esquecer), mas dificilmente você vai continuar tendo minha confiança.
3. nunca duvide de mim, jamais contrarie minha palavra. se eu digo alguma coisa, não diga que estou mentindo. se eu digo que vou fazer algo, não diga que eu não posso, que não consigo. não duvide de mim. odeio isso. ponto.
é difícil? então se esforce. claro, se quiser...
sem imagens hoje.
16 de setembro de 2008
"você pode me ajudar?"
-má.
9 de setembro de 2008
estória.
29 de junho de 2008
fora de alcance.
fora de alcance.
o gato sobe na árvore, passa pela bola, indiferente. vai na ponta do galho, ao máximo que consegue, mas ainda não alcança a janela. e a torta não se move. seu cheiro chega ao gato, ele pode quase sentir seu sabor. mas não pode prová-la. o cheiro lhe enche de desejo, parece tão deliciosa, mas... tão distante, a torta não se move. quem sabe... se o galho fosse mais longo!...
fora de alcance.
a criança não alcança à bola, nem o gato à torta. a criança vai à cozinha e come da torta, não gosta e dá pro cachorro.
- má.
18 de maio de 2008
desembocar no sonho.
que as chuvas; tempestades não te parem, mas te sirvam como força e te levem ao teu mar.
continue e siga o ciclo, nunca desista de viver. chegando ao mar, novos desafios aguardam. e se o sonho evapora, novo começo encontra na chuva. o fim é sempre apenas mais um começo.
30 de março de 2008
linhas.
10 de março de 2008
a menina mais linda do mundo.
- está apaixonado por mim?
- por que diz isso...?
- todo homem se apaixona pela menina mais linda do mundo.
- todo mundo é apaixonado por você, então...?
- o mundo não é o mesmo para todos. se você diz que sou a menina mais linda do mundo, é do seu mundo que você fala.
- mas eu me apaixonei por outras meninas que não eram você, que é a única menina mais linda do mundo...
- elas já foram as meninas mais lindas do seu mundo. foram durante sua paixão por elas.
- e meu mundo mudou para eu deixar de estar apaixonado por elas...?
- talvez sua forma de ver o mundo tenha mudado.
- talvez você tenha mudado minha forma de ver o mundo.
- hum... aposto que você diz isso pra todas.
- não, somente pras meninas mais lindas do mundo...
vide: http://de.youtube.com/watch?v=4cJb9oc8iAg&NR=1
1 de março de 2008
vá.
28 de janeiro de 2008
cacos de história.
16 de janeiro de 2008
obrigada!
é, eu sei que faz tempo.
eu só nao tive disponibilidade pra postar devido a um punhado de mudanças que ocorreram na minha vida.
bom, vamos lá.
recebi indicações para dois selos.
agradeço ao mingá pelo selo escritores da liberdade (i) e a nat que me indicou tanto ao escritores da liberdade (ii) e quanto ao selo blog de elite (i).
agradeço de coração, pelos selos e palavras. muito obrigada mesmo.
taí:
eu sei que a intenção é que eu aponte mais cinco blogs para cada selo, mas não vou fazer isso, uma vez que estou afastada daqui. peço desculpas por minha omissão.
bom, isso aí. mas uma vez, muito obrigada!
- má.
neblina densa.
11 de dezembro de 2007
brilhe em mim.
7 de dezembro de 2007
:)
Embora sorrisos falsos frequentemente pareçam com sorrisos genuínos, na verdade são delicadamente diferentes, porque eles são produzidos por músculos diferentes, que são controlados por diferentes partes do cérebro.
Sorrisos falsos podem ser atuados pela vontade, porque os sinais cerebrais que os cria vem da parte consciente do cérebro e induz o músculo zygomaticus major na bochecha a contrair. Estes são os músculos que puxam os cantos externos da boca.
Sorrisos genuínos, por outro lado, são gerados pelo inconsciente, então são automáticos. Quando as pessoas sentem prazer, sinais passam pela parte do cérebro que processa emoção. Enquanto fazem os músculos da boca se mexerem, os músculos que levantam as bochechas - o orbicularis oculi e os pares orbitalis – também se contraem, fazendo os olhos subirem, e as sobrancelhas baixarem delicadamente.
Linhas ao redor dos olhos às vezes aparecem em falsos sorrisos mais intensos, e as bochechas podem subir, de maneira que pareça que os olhos estão contraídos e o sorriso é genuíno. Mas há alguns sinais chave que distinguem esses sorrisos dos reais. Por exemplo, quando o sorriso é genuíno, o olho se enruga – a parte carnuda entre a sobrancelha e a pálpebra – move para baixo e no final da sobrancelha se abaixa delicadamente.
Cientistas distinguem sorrisos genuínos e falsos usando um sistema codificado chamado the Facial Actions Coding System (FACS), que foi criado pelo Professor Paul Ekman da Univesidade da Califórnia e pelo Dr. Wallace V. Friesen da Universidade de Kentucky.
http://www.bbc.co.uk/science/humanbody/mind/surveys/smiles/index.shtml
28 de novembro de 2007
abóbada celeste.
(aponta para o céu)
eu queria voar como ele...
e passar por entre as nuvens,
e namorar as estrelas de pertinho.
queria atravessar o céu e pousar em seu ombro.
sentir seu perfume, e cantar em seus ouvidos um sussurrar de canções que brotam do coração.
e não precisaria me engaiolar,
eu já estou presa em seu amor.
prendeu-me. prendi-me.
27 de novembro de 2007
apreenda-me, se for capaz.
eu preciso de um caderno que só tenha folhas no final. é, eu gosto de escrever nas últimas folhas, apesar de agora estar em uma das primeiras, já que as dez últimas folhas já estão cheias. ah, eu gosto de cadernos grandes também, mas é difícil encontrar cadernos grandes e grossos sem linha. então agora escrevo nelas, apesar de que preferia que não estivessem aqui. linhas limitam. mas mesmo assim, nunca uso uma inteira mesmo... sempre tenho um espaço no começo e no fim dela, é mania. tenho a impressão de que fica mais limpo. mas, dessa vez, não deixei espaço no fim da linha...
e não gosto de escrever diretamente aqui, teclando no computador. um lápis é fundamental pra mim. e uma folha em branco. eu prefiro o lápis mas nunca uso borracha, dificilmente. sim, meus textos originais são cheios de rabiscos, setas e parágrafos fora do lugar.
sobre o conteúdo, se analisar a fundo vai encontrar metáforas, nada é inútil aqui. tudo... cada palavra tem um motivo e revela um segredo ou esconde algo. creio que dificilmente alguém realmente entenda o que quero dizer. mesmo porque, não sabe em que contexto tudo se encaixa.
enfim, já não me recordo mais o que pretendia ao escrever tudo isso. mas de certo não é inútil, é? nada é.
21 de novembro de 2007
branco manco.
aprendendo.
procure viver em harmonia com as pessoas que estão ao seu redor, sem abrir mão de sua dignidade.
fale a sua verdade, clara e mansamente.
escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.
no meio do barulho e da agitação, caminhe tranquilo, pensando na paz que você pode encontrar no silêncio.
evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.
não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: isso o tornaria superficial e amargo.
viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.
mantenha o interesse no seu trabalho, por mais humilde que seja: ele é um verdadeiro tesouro na continua mudança dos tempos.
seja prudente em tudo que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas.
mas não fique cego para o bem que sempre existe.
há muita gente lutando por nobres causas.
em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.
seja você mesmo. sobretudo não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira, pois no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.
aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.
cultive a força do espírito e você estará preparado para enfrentar as surpresas da sorte adversa.
não se desespere com perigos imaginários: muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.
ao lado de uma sadia disciplina, conserve, para consigo mesmo, uma imensa bondade.
você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui.
e mesmo se você não puder perceber, a terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.
procure, pois, estar em paz com Deus, seja lá qual for o nome que você lhe der.
no meio de seus trabalhos e aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve, no mais profundo do ser, a harmonia e a paz.
acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, o mundo ainda é bonito.
caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz e partilhe com os outros a sua felicidade."
texto encontrado em Baltimore na antiga igreja de Saint-Paul, em 1632.
13 de novembro de 2007
shot.
(eu não viciei nessa música, tá?
dois em um.
12 de novembro de 2007
aparência.
parece ter um gosto único de extrema pureza. é agradável aos olhos e convidativa ao paladar. cheiro suave, quase que de flor.
os lábios a tocam. quente.
os dentes se cravam em sua carne delicada. doce e macio.
a língua saboreia com gosto... amargo?
a pele se murcha e o cheiro se azeda. amargo e frio.
seu interior é podre.
jogada por cima do ombro, cai no chão. e ali fica.
24 de outubro de 2007
na beira.
ela vê aquele poço, cheio de água. calor, a água é convidativa. parece refrescante.
mas... é um poço tão raso. ela já pode ver seu fim, seu fundo. pedregulhos e solidão.
ah, ela não deveria mergulhar, pular de cabeça... não deveria, mas... a água parece tão boa e fresca! agrada-lhe a idéia de mergulhar. ela o quer tanto. mergulhar e deixar-se enlear pela água. não importa que no fim ela tenha uma contusão. ou importa? será esse o medo? medo de se machucar e manchar a água tão pura com seu sangue irresponsável? medo de perder tanto a água quanto a vida.
só(lo).
16 de outubro de 2007
lágrim(ud)as.
15 de outubro de 2007
foi-se?
12 de outubro de 2007
aperte o play!
don't you wake up yet
11 de outubro de 2007
cada instante.
quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: eu te amo.
ouvindo-te dizer: eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
no momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
exijo de ti o perene comunicado.
não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
no momento em que não me dizes:
eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
se não me disseres urgente repetido
eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
10 de outubro de 2007
9 de outubro de 2007
minuciosidade.
"ontem choveu.", não.
conte-me das sementes que brotaram, das flores que abriram, dos frutos que caíram, da terra fofa e molhada, do barro, da lama encharcada, dos rios e fios de água que cruzam a terra marcada.
conte-me do brilho da chuva e frescor de sua brisa.
mas se continuardes assim, enforco-te e enterro.
4 de outubro de 2007
já!
envelope recheado.
não era um tanto quanto esquisito ela não saber quem era? e também não era uma injustiça o fato de ela mesma não poder determinar sua aparência? isto simplesmente lhe tinha sido imposto ao nascer. seus amigos, estes sim ela talvez pudesse escolher, mas não tinha a chance de escolher-se a si própria. não tinha sequer decidido ser uma pessoa.
o que era uma pessoa? (...)
não era extraordinário estar viva naquele momento e ser personagem de uma aventura maravilhosa como a vida? (...)
depois de pensar um pouco sobre o fato de existir, sofia não pode deixar de pensar também que um dia desapareceria. (...)
estou vivendo no mundo agora, pensou. mas um dia terei desaparecido. cismada, sofia parou um instante no passeio de saibro. tentou concentrar todo seu pensamento no fato de existir, a fim de esquecer que um dia deixaria de existir. mas não conseguia. no mesmo instante em que se concentrava no fato de existir, pensava também que um dia morreria. e o mesmo ocorria ao contrário: só quando sentiu intensamente que um dia desapareceria é que pôde entender exatamente o quanto a vida era infinitamente valiosa. (!) e quanto maior e mais clara era uma face da moeda, tanto maior e mais clara se tornava a outra. vida e morte eram dois lados de uma mesma coisa.
não se pode experimentar a sensação de existir sem se experimentar a certeza que se tem de morrer, pensou. e é igualmente impossível pensar que se tem de morrer se pensar ao mesmo tempo em como a vida é fantástica.
sofia lembrou-se de que sua avó dissera algo semelhante no dia em que soube de sua doença. - só agora entendo o quanto a vida é rica - foram suas palavras.
não era triste que a maioria das pessoas tivesse primeiro que ficar doente para só então entender o quanto a vida é bela? ou então que tivessem de encontrar uma carta misteriosa na caixa de correio?
22 de setembro de 2007
amadogprezado.
whispers.
21 de setembro de 2007
alento matinal.
o de reserva
o do fundo
o desprovido da melhor visão
tiraram-me a única paixão da manhã
tiraram-me do meu alento
da minha visão
era minha visão
tiraram-me de ver aqueles traços
tão bem desenhados e alinhados
tão bem coloridos e pintados
de mais refinado gosto
fui para o banco de trás
não estou mais a frente
e não posso mais contemplar-te
horizonte
18 de setembro de 2007
passatempo.
que tinha umas músicas nostálgicas
mas o rádio pifou, e essas músicas pararam
então jogaram os velhos discos fora
e depois se arrependeu e foi atrás no lixão
e tomou banho de lama pra aliviar
e rejuvenescer alguns anos.. depois
viu que ficou muito, mas muito mais velho do que já era
e começou a aproveitar mais a vida, pois viu que ela é muito curta
então saiu a procura de um novo amor
porque o velho já não lhe agradava mais
e o novo era bem mais colorido e saltitante como
um canguru inglês, que pulava feito
um sapo velho no brejo da cachoeira do pântano
//historinha por lufê, luiz, ray, manda, réyza, má - respectivamente.
14 de setembro de 2007
just fine.
11 de setembro de 2007
folhagem do tempo.
- claro... uma vassoura de folhas!
- é, uma vassoura de folhas novas que varre as folhas velhas que estão no chão
- é, vassoura de folhas que varre folhas...
- será que as folhas velhas não grudam nas novas da vassoura?
- eu acho que sim...
- e um dia as folhas novas ficam velhas e vão ser varridas por outras folhas novas.
- a vassoura está frouxa, tenho que apertar um pouco pra ficar mais firme. muito nova.
controle.
10 de setembro de 2007
desvaneios em trânsito.
mas o que fazer quando uma (ou mais, talvez) coisa te impede de continuar seguindo o que parece ser a força do acaso? do destino?
será que o orvalho é mesmo tão normal assim? eu digo, é de se surpreender, não? tão mágico e bucólico.
por que viver de maneira tão medíocre? com certeza há algo que dê sentido as perguntas não mais questionadas, ou questionadas demais em nosso interior.
não posso deixar de citar: 'há mais entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia'
e, pra que saber tudo, afinal? se tivesse uma dica, ficaria imensamente feliz. mas confesso que procuraria por mais.
não posso deixar de me interromper agora, enquanto observo pela janela... a natureza é tão perfeita! impossível não se deslumbrar ao contemplar um final de tarde. o céu numa cor tão maravilhosa constantemente mudando de tonalidade; mista de lilás, laranja e uma cor indecifrável que não acredito que possa ser reproduzida numa tela de pintura. e o que dizer das árvores contrastando nas nuvens?... realmente gostaria de ter uma máquina fotográfica atrás de minhas pálpebras.
aqui estou eu em meus devaneios sobre as rodas em movimento de um ônibus interurbano. mas o que me pergunto é: o que nos move aqui? o que te move aqui? existe alguma força maluca e inconsequente do destino? não posso prometer mais nada a ninguém. não mais. não por agora. meus planos, eles estão em perigo. por algo que talvez eu deva chamar de interferência do mundo das idéias. ou talvez, não.
quimera.
6 de setembro de 2007
ser estrela não é melhor que ser um mundo.
5 de setembro de 2007
cataventos.
3 de setembro de 2007
maqueia.
sorri.
quando tudo terminar
quando nada mais restar
do teu sonho encantador
sorri.
quando o sol perder a luz
e sentir uma cruz
nos teus ombros cansados doídos
sorri.
vai mentindo a sua dor
e ao notar que tu sorri
todo mundo irá supor
que és feliz.
neutral.
2 de setembro de 2007
prosa com o céu.
perdeste o senso!" e eu vos direi, no entanto,
que, para ouví-las, muita vez desperto
e abro as janelas, pálido de espanto...
e conversamos toda a noite, enquanto
a via láctea, como um pálio aberto,
cintila. e, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
inda as procuro pelo céu deserto.
direis agora: "tresloucado amigo!
que conversas com elas? que sentido
tem o que dizem, quando estão contigo?"
e eu vos direi: "amai para entendê-las!
pois só quem ama pode ter ouvido
capaz de ouvir e de entender estrelas."
31 de agosto de 2007
aleatoriedade.
ele pegou uma carona e quebrou a mão
sorte que foi só a mão
porque se fosse o corpo todo
não teria o corpo pela metade
mas teria a cabeça arrancada para uma criança má
então ele sentou e chorou
chorou de rir
ae todo mundo veio perguntar o que aconteceu
e falavam que ele tinha morrido, foi muito trágico
e todos começaram a chorar na mesma hora
parecia um coral
daqueles corais do mar, mas era cor de rosa
e então eles coloriram de azul pra ficar diferente
azul da cor do mar
mas quem disse que o mar é azul?
cada uma escreveu uma linha, lendo apenas a última linha escrita e desconhecendo as anteriores..
divergência.
sim.
o tempo custa a passar, vai, vai, vai!...
mas os dias voaaam, acordo e já vou dormir!
como pode tão poucos dias parecerem anos e os dias futuros tão distantes?
ah, se fosse possível tamanha discrepância, eu inverteria tudo!
faria os dias mais longos e meses mais curtos...
ou então aumentaria um dia no final de semana. se chamaria disabádo. é, mudaria a tônica também.
quem sabe assim o tempo não andava mais devagar e chegava logo...
30 de agosto de 2007
fiasco chistoso.
- má;