10 de setembro de 2007

desvaneios em trânsito.


você já sentiu como se todas as forças do universo te impulsionassem para fazer alguma coisa? como se aquilo já tivesse sido traçado muito tempo atrás e fosse tão normal e esperado quanto o orvalho da manhã? se tudo já tivesse sido desenhado e coordenado muito antes?
mas o que fazer quando uma (ou mais, talvez) coisa te impede de continuar seguindo o que parece ser a força do acaso? do destino?
será que o orvalho é mesmo tão normal assim? eu digo, é de se surpreender, não? tão mágico e bucólico.
às vezes sinto que nos pregam peças. mas quem? sinto como se fossemos peões da existência de algo maior, ou menor. talvez de nossa própria mente. talvez sejamos nós que simplesmente criamos o acaso. já parou pra pensar que às vezes pequenas coisas podem mudar sua vida? uma rejeição, um olhar, um telefonema, um papel de bala...
por que viver de maneira tão medíocre? com certeza há algo que dê sentido as perguntas não mais questionadas, ou questionadas demais em nosso interior.
não posso deixar de citar: 'há mais entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia'
e, pra que saber tudo, afinal? se tivesse uma dica, ficaria imensamente feliz. mas confesso que procuraria por mais.
não posso deixar de me interromper agora, enquanto observo pela janela... a natureza é tão perfeita! impossível não se deslumbrar ao contemplar um final de tarde. o céu numa cor tão maravilhosa constantemente mudando de tonalidade; mista de lilás, laranja e uma cor indecifrável que não acredito que possa ser reproduzida numa tela de pintura. e o que dizer das árvores contrastando nas nuvens?... realmente gostaria de ter uma máquina fotográfica atrás de minhas pálpebras.
aqui estou eu em meus devaneios sobre as rodas em movimento de um ônibus interurbano. mas o que me pergunto é: o que nos move aqui? o que te move aqui? existe alguma força maluca e inconsequente do destino? não posso prometer mais nada a ninguém. não mais. não por agora. meus planos, eles estão em perigo. por algo que talvez eu deva chamar de interferência do mundo das idéias. ou talvez, não.

-má;

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