29 de agosto de 2007

pequena singeleza.


vendo sua maneira simples de encarar a vida, ela perguntou:
- o que é a felicidade pra você?
surpreendendo-a, ele a assustou, dizendo:
- a felicidade não existe, anna...
apreensiva, ela subitamente inquiriu:
- você me amedronta! qual é a esperança para os que vivem na miséria emocional? o que posso esperar da vida, se tive tanta riqueza exterior e tão pouco dentro de mim?
marco polo completou:
- a felicidade não existe pronta, mão é uma herança genética, não é um privilégio de uma casta ou camada social. a felicidade é uma eterna construção.
respirando aliviada, ela indagou:
- como construí-la?
como um contador de histórias que passeia pela psicologia, ele fitou seus olhos e discorreu:
- reis procuram aprisionar a felicidade com seu poder, mas ela não se deixou prender. milionários tentaram comprá-la, mas ela não se deixou vender. famosos tentaram seduzi-la, mas ela resistiu ao estrelato. sorrindo, ela sussurrou aos ouvidos de cada ser humano: "ei! procure-me nas decepções e dificuldades e, principalmente, encontre-me nas coisas anônimas da existência". mas a maioria não ouviu a sua voz, e os que a ouviram deram pouco crédito.
- que lindo! fale mais sobre o que é ser feliz, meu imprevisível poeta.
- ser feliz é ser capaz de dizer "eu errei", é ter a sensibilidade para falar "eu preciso de você", é ter a ousadia para dizer "eu te amo".
lembrando de seu pai, ela expressou condoída:
- muitos pais morrem sem jamais ter coragem de dizer essas palavras aos filhos. esquecem das coisas anônimas.
- é verdade. tropeçamos nas pequenas pedras e não nas grandes montanhas.

- o futuro da humanidade - augusto cury;

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